terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Índia nega ter proibido exportação de vacina para covid-19

 Índia nega ter proibido exportação de vacina para covid-19

Secretário da Saúde afirma que governo não proibiu exportações de vacinas, e fabricante do imunizante de Oxford volta atrás em declaração.

England | Coronavirus | Impstoff AstraZeneca

A Índia negou nesta terça-feira (05/01) que tenha proibido a exportação de vacinas para a covid-19, e também o presidente da empresa fabricante da vacina de Oxford declarou que não existe tal proibição.

"O governo não proibiu a exportação de qualquer vacina para covid-19. Isso deve ficar absolutamente claro", disse o secretário da Saúde, Rajesh Bhushan,segundo informou o jornal Hindustan Times, de Nova Déli.

Pouco antes, o presidente da empresa Serum Institute, Adar Poonawalla, afirmara que exportações de vacinas são permitidas para todos os países.

Ele contradisse assim declaração que havia dado na segunda-feira, quando afirmara que o governo indiano não iria permitir a exportação da vacina de Oxford, que na Índia é produzida pelo Instituto Serum. 

A empresa é a maior produtora de vacinas do mundo e foi contratada pela AstraZeneca para produzir 1 bilhão de doses do imunizante para países em desenvolvimento, incluindo a própria Índia.

A fala de Poonawalla acabou sendo encarada como um revés para o plano do governo brasileiro de importar 2 milhões de doses da Índia, para apressar a vacinação no país sul-americano.

Adar Poonawalla
Adar Poonawalla agora diz que exportações de vacinas são permitidas para todos os países

A importação excepcional dessas doses havia sido anunciada no sábado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao longo do primeiro semestre, essa vacina será produzida no Brasil a partir do insumo farmacêutico importado da empresa chinesa WuXi Biologics, parceira da AstraZeneca.

Campanha no Brasil

A vacina da Oxford e da AstraZeneca é a priorizada pelo governo brasileiro para a imunização contra a covid-19. Segundo o acordo assinado entre a Fiocruz e Oxford/AstraZeneca, as primeiras 100 milhões de doses destinadas aos brasileiros serão produzidas a partir do princípio ativo importado do parceiro da AstraZeneca na China, que então será preparado, envasado e rotulado no Brasil.

Durante o segundo semestre de 2021, a Fiocruz terá o controle total da tecnologia e passará a produzir também o princípio ativo no país. A meta é entregar 210 milhões de doses no ano que vem ao SUS. A Fiocruz afirma que pretende fazer o pedido para autorização de uso do imunizante nos próximos dias.

O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, também importou doses de uma vacina contra covid-19 produzida em parceria com a empresa chinesa Sinovac. O governo paulista diz que seu estoque já chega a 10,8 milhões de doses, e as autoridades paulistas preveem que a imunização no estado comece em 25 de janeiro, mas ainda não solicitaram o registro à Anvisa.

 

Noticia: dw.com

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