O STF se dobrou a Renan
Paulo: O Brasil vive um momento
excepcional na sua estrutura covarde, racista e desigual. Nesse embate entre as
elites, quem perde é o povo. Um STF que, além de golpista, não o garante suas
decisões deveria ser dissolvido pelo bem da sociedade. Não sabemos quem é pior,
se o Legislativo ou o Judiciário. O mundo preciso se atentar para o estado de
guerra que vivemos, com a tremenda judicialização da sociedade brasileira
O ex-ministro
Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta quarta (7), em entrevista ao vivo ao 247, pelo
Facebook, que o Supremo Tribunal Federal "se dobrou" ao presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB) ao mantê-lo no comando da Casa, mesmo após a
decisão anterior do ministro Marco Aurélio Mello que determinava o afastamento
do peemedebista; "Renan responde a 11 inquéritos no Supremo e mesmo assim
foi mantido. Hoje, o Brasil não entende por que Cunha foi afastado e Renan não.
Eu estou chocado. Argumentaram que a razão para afastar Cunha é que ele estava
atrapalhando as investigações. E o Renan não estava? O caso do Renan é pior.
Todos os ministros do Supremo são sabatinados no Senado. Então tem que ter
maior severidade. O Supremo se dobrou a Renan. Se achou uma saída vergonhosa",
criticou; para Ciro, este episódio "introduz a última variável de
insegurança na crise: não contar com um Judiciário firme"; Estamos em
estado de anarquia", disse
7 de Dezembro de 2016 às 21:15 //
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247 - O
ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta quarta-feira (7), em entrevista ao
vivo ao 247, pelo Facebook, que o Supremo Tribunal Federal "se
dobrou" ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) ao mantê-lo no
comando da Casa, mesmo após a decisão anterior do ministro Marco Aurélio Mello
que determinava o afastamento do peemedebista.
"Renan responde a 11
inquéritos no Supremo e mesmo assim foi mantido. Hoje, o Brasil não entende por
que Cunha foi afastado e Renan não. Eu estou chocado. Argumentaram que a razão
para afastar Cunha é que ele estava atrapalhando as investigações. E o Renan
não estava? O caso do Renan é pior. Todos os ministros do Supremo são
sabatinados no Senado. Então tem que ter maior severidade. O Supremo se dobrou
a Renan. Se achou uma saída vergonhosa. E se usou como argumento que ele serve
para garantir a aprovação da emenda 55, que vai paralisar os recursos para
Saúde e Educação", criticou.
Para Ciro, este episódio insere
um elemento novo à crise brasileira. "Se introduz a última variável de
insegurança: não contar com um Judiciário firme. Estamos em estado de
anarquia", disse.
O ex-ministro avalia que o país
está em tem regredido desde que se violou o presidencialismo, com o impeachment
de Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade.
Ele diz não concordar com a tese
de se realizar eleições diretas caso Temer deixe a presidência. "A chance
do Brasil ter eleição direta hoje é zero diante dos que aí estão. O que nos
resta é lutar pela volta do respeito à Constitucionalidade. Temos que lutar
para que, em estado de golpe, nenhuma constitucionalidade seja mudada",
defendeu.
Ao falar sobre Temer, ele o
definiu como "um frouxo, um covarde, como todo traíra, um oportunista, um
miudíssimo, o Lula é o responsável por ele. "Acho que vai cair",
afiançou.
No caso de queda do Temer (por
renúncia ou julgamento do Tribunal Superior Eleitoral), Ciro avalia que dois
nomes hoje são os mais cotados para assumir a Presidência da República: o
ex-ministro Nelson Jobim (PMDB) ou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(PSDB).
"Parlamento picareta vão
eleger alguém deste tipo. Mas pela pressão vão eleger alguém respeitado pela
imprensa. Nelson Jobim e FHC são os nomes cotados. Se FHC entrar vai tentar
ficar além de 2018. É golpe, é selva, é barbárie", afirmou.
Ao falar da possibilidade de ser
candidato em 2018, ele diz que vai pensar 100 vezes antes de tomar tal decisão
e diz que uma de suas propostas e "tomar de volta a internacionalização do
pré-sal".
Sobre Lula, ele disse que os
processos contra o petista na Lava Jato não têm nexo para condenação. Ciro diz
esperar que o ex-presidente chegue a 2018 em condições de disputar a eleição,
mas que opte por não ser candidato. "Não quero tirar o Lula do meio do
caminho.Mas acoh que a candidatura dele é um desserviço ao Brasil e a ele
próprio. Ele projetará para os próximos 4 anos o mesmo processo de conflito
radicalizado. A ele próprio será desserviço. Ele tem que fazer papel de grande
estadista e dar passagem, usar a grande força que ele tem para ajudar a
construir uma coisa nova", defendeu.
Veja a entrevista, em vídeo, na
íntegra aqui.
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