Príncipe
herdeiro saudita visitará Casa Branca em meio a tensões no Oriente Médio
2018-03-14
10:42:33丨portuguese.xinhuanet.com
Washington, 12 mar (Xinhua) -- A
Casa Branca informou, na segunda-feira, que o príncipe herdeiro saudita,
Mohammed bin Salman, chegará em visita dia 20 de março. A visita ocorre em meio
a confrontos diplomáticos entre as nações do Golfo e relatos de que a Arábia
Saudita está em negociações com os Estados Unidos para comprar seus reatores
nucleares.
Em uma declaração, a Casa Branca
disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, "aguarda com expectativa a
discussão sobre as formas de fortalecer laços entre os Estados Unidos e a
Arábia Saudita e promover prioridades de segurança e economia comuns".
Em 27 de fevereiro, Trump falou
com bin Salman por telefone, quando os dois lados se comprometeram a melhorar a
parceria sobre segurança e economia.
Agradecendo ao príncipe herdeiro
por impulsionar o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, sigla em inglês) para
enfrentar a influência de Teerã, Trump concordou com ele sobre a importância de
ter um GCC unido para "mitigar as ameaças regionais e garantir a
prosperidade econômica da região".
No ano passado, a Arábia Saudita,
os Emirados Árabes Unidos (EAU), o Bahrein e o Egito acusaram o Catar de "apoiar
o terrorismo" e "enfraquecer a segurança regional" ao buscar
laços mais estreitos com o Irã.
O Catar negou fortemente o que
chamou de acusações "injustificadas" e "sem fundamento".
O impasse, em vez de mostrar
sinais de diminuição, foi exacerbado pelas observações de Trump em junho, de
que o Catar estaria financiando o terrorismo "em um nível muito
alto".
A porta-voz do Departamento de
Estado, Heather Nauert, disse em coletiva de imprensa que "a Arábia
Saudita manifestou interesse na possível oferta de equipamentos e materiais
nucleares dos EUA".
Em resposta, o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu no domingo sobre uma possível corrida
de armamentos no Oriente Médio.
"Muitos países do Oriente
Médio estão dizendo que eles também estarão autorizados a enriquecer o urânio
se o Irã o fizer; portanto, a maneira de evitar o perigo de nuclearização do
Oriente Médio é corrigir completamente o acordo ou revogá-lo ", disse ele,
referindo-se a Riyadh.
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