quinta-feira, 17 de março de 2016

Coragem Dilma, fé Lula



Bovespa registra maior alta em 7 anos, acima de 6%
Dólar despenca mais de 2% com crise política








O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou nesta quinta-feira (17) na maior alta registrada em 7 anos, refletindo a intensificação da crise política, com a divulgação de conversas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva grampeadas no âmbito da Operação Lava Jato e a suspensão da posse do líder petista no ministério da Casa Civil. Entre as maiores altas figuram as ações bancárias, da Petrobras, e da Vale. 
Aos 50.913 pontos, a bolsa subiu 6,6%, maior alta diária desde 2 de janeiro de 2009, quando avançou 7,17%.

A Petrobras teve forte crescimento, acompanhando a paralela subida do petróleo no mercado internacional. Os papeis ordinários da estatal, PETR3, avançaram 8,75%, a R$ 10,44, ao mesmo tempo em que os preferenciais, PETR4, se valorizaram em 12,03%, a R$ 8,10. 

As ações da Vale também subiram, em meio à valorização do minério de ferro. Os papéis ordinários da empresa, VALE3, se valorizaram em 4,59%, a R$ 15,50, enquanto os preferenciais, VALE5, cresceram 3,70%, vendidos a R$ 10,94. 

O Banco do Brasil saltou mais de 14%, liderando os ganhos do Ibovespa e refletindo a avaliação entre investidores sobre os últimos desdobramentos na esfera política. Bradesco também teve forte alta, de 12,08%, e o Itaú subiu 10,92%, reforçando a trajetória positiva do índice. 

Bolsas europeias caem
A maioria das bolsas europeias fechou em baixa nesta quinta-feira, pressionadas pela alta do euro frente ao dólar e maior preocupação com o crescimento global depois que o Federal Reserve assumiu uma posição menos agressiva em sua perspectiva de elevação do juro. Por outro lado, a alta das ações do setor de mineração ajudou a contrabalançar a pressão de baixa nos mercados.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,09%, aos 340,68 pontos, depois de cair mais de 1% mais cedo. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,42%, aos 6.201,12 pontos. Em Frankfurt, o Dax fechou em baixa de 0,91%, aos 9.892,20 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,45%, aos 4.442,89 pontos. Em Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 0,18%, aos 8.978,80 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB recuou 0,66%, aos 18.608,03 pontos.

Bolsas asiáticas sobem, amparadas por sinalizações positivas do Fed
As bolsas asiáticas fecharam em alta, impulsionadas pelos sinais do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, de que o processo de normalização da política monetária no país será mais lento do que o esperado.

Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,2%, para 2.904,83 pontos, em seu quinto avanço consecutivo, enquanto o Shenzhen Composto, que tem menor abrangência, avançou 3,6%, a 1.772,43 pontos. O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong fechou com +1,21%, aos 20.503,81 pontos.A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, teve alta de 0,66% no índice Kospi, para 1.987,99 pontos. Em Manila, nas Filipinas, o PSEi subiu 2,06%, para 7.210,90 pontos. Na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 1,0%, para 5.168,20 pontos, puxado por ações de empresas ligadas a commodities. A cesta de ações de energia subiu 2,8%, enquanto o setor minerador ganhou 2,3% e o financeiro teve alta de 1,1%. 

Dólar despenca mais de 2% com crise política
O dólar fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira (17), com investidores cada vez mais confiantes em relação à queda da presidente Dilma Rousseff após o levantamento do sigilo das intercepções telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A nomeação de Lula à Casa Civil foi suspensa hoje pela Justiça Federal do Distrito Federal, animando o mercado ainda mais. 

A moeda americana caiu 2,3%, cotado a R$ 3,6533. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,61, após a suspensão da posse de Lula, mas reduziu as perdas com anúncio do Banco Central de que vai reduzir a intensidade das rolagens diárias de swaps cambiais. 



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