Bovespa
registra maior alta em 7 anos, acima de 6%
Dólar despenca mais de 2% com crise política
O Ibovespa, principal índice da
bolsa brasileira, fechou nesta quinta-feira (17) na maior alta registrada em 7
anos, refletindo a intensificação da crise política, com a divulgação de
conversas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva grampeadas no
âmbito da Operação Lava Jato e a suspensão da posse do líder petista no
ministério da Casa Civil. Entre as maiores altas figuram as ações bancárias, da
Petrobras, e da Vale.
Aos 50.913 pontos, a bolsa subiu
6,6%, maior alta diária desde 2 de janeiro de 2009, quando avançou 7,17%.
A Petrobras teve forte
crescimento, acompanhando a paralela subida do petróleo no mercado
internacional. Os papeis ordinários da estatal, PETR3, avançaram 8,75%, a R$
10,44, ao mesmo tempo em que os preferenciais, PETR4, se valorizaram em 12,03%,
a R$ 8,10.
As ações da Vale também subiram,
em meio à valorização do minério de ferro. Os papéis ordinários da empresa,
VALE3, se valorizaram em 4,59%, a R$ 15,50, enquanto os preferenciais, VALE5,
cresceram 3,70%, vendidos a R$ 10,94.
O Banco do Brasil saltou mais de
14%, liderando os ganhos do Ibovespa e refletindo a avaliação entre
investidores sobre os últimos desdobramentos na esfera política. Bradesco
também teve forte alta, de 12,08%, e o Itaú subiu 10,92%, reforçando a
trajetória positiva do índice.
Bolsas europeias caem
A maioria das bolsas europeias
fechou em baixa nesta quinta-feira, pressionadas pela alta do euro frente ao
dólar e maior preocupação com o crescimento global depois que o Federal Reserve
assumiu uma posição menos agressiva em sua perspectiva de elevação do juro. Por
outro lado, a alta das ações do setor de mineração ajudou a contrabalançar a
pressão de baixa nos mercados.
O índice pan-europeu Stoxx 600
fechou em baixa de 0,09%, aos 340,68 pontos, depois de cair mais de 1% mais
cedo. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,42%, aos 6.201,12 pontos. Em Frankfurt, o
Dax fechou em baixa de 0,91%, aos 9.892,20 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou
0,45%, aos 4.442,89 pontos. Em Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 0,18%, aos
8.978,80 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB recuou 0,66%, aos 18.608,03
pontos.
Bolsas asiáticas sobem, amparadas
por sinalizações positivas do Fed
As bolsas asiáticas fecharam em
alta, impulsionadas pelos sinais do Federal Reserve (Fed), o banco central dos
EUA, de que o processo de normalização da política monetária no país será mais
lento do que o esperado.
Na China, o índice Xangai
Composto subiu 1,2%, para 2.904,83 pontos, em seu quinto avanço consecutivo,
enquanto o Shenzhen Composto, que tem menor abrangência, avançou 3,6%, a
1.772,43 pontos. O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong fechou com +1,21%,
aos 20.503,81 pontos.A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, teve alta de 0,66% no
índice Kospi, para 1.987,99 pontos. Em Manila, nas Filipinas, o PSEi subiu
2,06%, para 7.210,90 pontos. Na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 1,0%, para
5.168,20 pontos, puxado por ações de empresas ligadas a commodities. A cesta de
ações de energia subiu 2,8%, enquanto o setor minerador ganhou 2,3% e o
financeiro teve alta de 1,1%.
Dólar despenca mais de 2% com
crise política
O dólar fechou em baixa pelo
segundo dia consecutivo nesta quinta-feira (17), com investidores cada vez mais
confiantes em relação à queda da presidente Dilma Rousseff após o levantamento
do sigilo das intercepções telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
A nomeação de Lula à Casa Civil
foi suspensa hoje pela Justiça Federal do Distrito Federal, animando o mercado
ainda mais.
A moeda americana caiu 2,3%,
cotado a R$ 3,6533. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,61,
após a suspensão da posse de Lula, mas reduziu as perdas com anúncio do Banco
Central de que vai reduzir a intensidade das rolagens diárias de swaps
cambiais.
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